A pandemia revelou fragilidades na cadeia logística global, gerando um desequilíbrio no uso de contêineres. Durante os lockdowns, contêineres que chegavam aos portos com mercadorias da China não conseguiam retornar vazios devido à falta de demanda e limitações operacionais, como a escassez de caminhoneiros em países como os EUA e o Reino Unido. Isso resultou em acúmulo de contêineres em locais onde não eram necessários e escassez onde eram essenciais, como na Ásia.

Além disso, o modelo just in time, que busca eficiência ao reduzir estoques, intensificou a crise. A competição por contêineres cresceu, enquanto outros gargalos, como a falta de chips para a produção de eletrônicos e automóveis, agravaram ainda mais a situação.

O cenário expôs os limites do sistema logístico global, mas também reforçou a necessidade de soluções inovadoras e planejamento estratégico para enfrentar crises futuras. A logística global nunca mais será a mesma — e as empresas que souberem se adaptar terão a vantagem de liderar o novo cenário do comércio internacional.